O Tesouro Real Português é considerado uma das mais importantes coleções de ourivesaria real do continente europeu. Exibe coroas, cetros, colares, moedas, tronos e outras peças riquíssimas, muitas delas feitas com diamantes, esmeraldas, rubis e pérolas naturais.
Durante mais de 200 anos, o tesouro esteve guardado e não era acessível ao público. Só em 2022 é que foi finalmente inaugurada a exposição permanente no Palácio Nacional da Ajuda, tornando-se uma das grandes atrações culturais da cidade.
Grande parte das peças pertenciam à monarquia portuguesa e sobreviveram ao terramoto de 1755, à fuga da corte para o Brasil em 1807 durante as invasões napoleónicas, e ao fim da monarquia em 1910. Muitas estavam guardadas no Banco de Portugal ou sob custódia do Estado.
Curiosamente, a Coroa Real Portuguesa — feita em 1828 — nunca foi usada na cabeça de um rei. A monarquia constitucional portuguesa adotou um modelo simbólico, e os monarcas prestavam juramento perante a coroa, mas não a usavam.
Alguns dos diamantes e pedras preciosas usados nas joias provêm da antiga colónia do Brasil, que foi uma importante fonte de ouro e gemas para a coroa portuguesa, especialmente nos séculos XVIII e XIX.
O espaço expositivo do Tesouro Real foi construído com altíssimos padrões de segurança, incluindo cofres blindados e sistemas de vigilância de última geração. O design do museu combina a grandiosidade histórica com tecnologia museológica contemporânea, tornando a visita envolvente e educativa.