🏰 ROTEIRO HISTÓRICO (E BEM DISPOSTO): “GUIMARÃES — ONDE TUDO COMEÇOU (MAIS OU MENOS...)”
“Aqui nasceu Portugal” — e não é só marketing turístico, atenção!
Começamos no majestoso Castelo de Guimarães. Aquela muralha com a inscrição “Aqui nasceu Portugal” não está ali para enfeitar. É literalmente o sítio onde o nosso querido D. Afonso Henriques (o primeiro rei, rei mesmo, com coroa e tudo) terá nascido ou, pelo menos, dado os seus primeiros passinhos de bebé destemido.
Se fores lá, imagina um bebé de espada em punho a gritar “Independência já!” — pronto, talvez não literalmente… mas a energia era essa.
Versão medieval da novela da TVI.
Ao lado do castelo está o Paço dos Duques. Aí dá para sentir aquele ar nobre... mas também cheio de intrigas familiares.
D. Afonso Henriques cresceu com a mãe, D. Teresa, que andava mais metida com galegos do que devia. O miúdo cresceu, viu que a mãe estava a dar demasiadas liberdades ao vizinho espanhol, e disse:
“Chega! Esta casa vai ter um novo patrão!”
“Ó mãe, desculpa lá, mas vou ter de te bater.”
Em 1128, temos a Batalha de São Mamede. D. Afonso Henriques mete-se à frente do exército da mãe (literalmente), e… dá-lhe uma tareia militar. Foi assim que o rapaz começou o processo de independência — e sim, provavelmente o único português que bateu na mãe e ficou famoso por isso 😅.
O miúdo cresceu e agora é rei. Literalmente.
Depois de andar a correr atrás de mouros e a conquistar território com a espada (e com alguma teimosia tipicamente portuguesa), D. Afonso autoproclama-se Rei de Portugal em 1139. Porque esperar que alguém nos diga que somos reis quando podemos simplesmente dizer nós próprios?
Depois de muitos e-mails (perdão, cartas medievais), em 1179, o Papa lá disse:
“Pronto, está bem. És rei. Mas porta-te.”
“Património Mundial”, mas com bicas e bolinhos.
O centro de Guimarães está cheio de charme, ruas em pedra, varandas floridas e tascas com vinho verde que te fazem pensar:
“Se Portugal começou aqui, começou mesmo bem.”
Senta-te num café da Praça da Oliveira, pede um doce regional e diz com orgulho:
“Ora bem, foi aqui que o nosso Portugal se fez gente!”
Guimarães não é só uma cidade bonita — é um símbolo vivo de como um jovem teimoso (com espada) conseguiu fundar um país. E nós, portugueses, seguimos o legado: teimosos, orgulhosos e com jeito para dar um jeitinho em tudo.